Um dos maiores desafios dos profissionais ligados a gestão de projetos é a finalização, início ou desenvolvimento de serviços e/ou produtos de uma maneira ágil e rápida, sem que haja desperdícios de recursos.

Por essa razão, as equipes de gestão de projetos estão sempre buscando métodos eficazes que possam desenvolver a produtividade e que distribuam as demandas de forma correta e organizada entre os profissionais da empresa, prezando sempre pela qualidade, requisitos e prazos e custos.

Baseada nos princípios dos Métodos Ágeis que, provavelmente, você já deve ter ouvido falar ao menos uma vez, surge a Metodologia Scrum, que se divide em etapas e com a proposta principal executar projetos complexos de maneira flexível, em menor tempo e com o uso de menos recursos.

Achou confuso? Não se preocupe, pode parecer difícil no início, mas esse método é relativamente simples de aplicar.

E para facilitar e esclarecer melhor as suas dúvidas, nesse artigo que preparamos especialmente para você, explicaremos mais sobre essa metodologia que vem ganhando muita repercussão e mais espaço entre os profissionais no aprimoramento de processos.

Confira só! 

O QUE É SCRUM?  

A metodologia Scrum nada mais é do que um framework descomplicado para trabalhar com múltiplos projetos, consiste em um ciclo de atividades planejadas, chamado sprint, e organização de tarefas com datas determinadas para início e fim.

Essa metodologia tem ganhado lugar no mercado de trabalho sendo eficaz para a entrega de projetos de alto nível, sua inclusão está ligada a exigência de obter entregas eficientes, com agilidade e qualidade. Sendo assim, se torna uma maneira de otimizar e adequar a equipe que trabalha com desenvolvimento, estruturando demandas e etapas, melhorando seu rendimento e, consequentemente, obtendo a entrega de melhores resultados.

QUAL É SUA ORIGEM?

O desenvolvimento de software surgiu após a invenção do computador, mas sua evolução repentina gerou obstáculos no dia a dia dos profissionais da área devido ao tempo de produção dos projetos e à forma mecanizada de trabalhar.

No ano de 2000, devido aos enormes procedimentos e a dificuldade de acompanhar o andamento do projeto, um grupo de especialistas de outro framework, chamado Extreme Programming (XP), trabalhou para desenvolver práticas para ajudar esses processos a serem mais rápidos e eficientes. Assim nasceu o Método Ágil, um manifesto dos princípios fundamentais do desenvolvimento ágil de software, um marco importante no desenvolvimento e extremamente relevante para muitos outros frameworks.

Contamos toda a história porque a metodologia Scrum está diretamente relacionada ao Manifesto Ágil, mesmo que suas origens sejam anteriores. Foi em 1986, quando o reitor Hirotaka Takeuchi e o professor emérito Nonaka Ikujiro da Universidade Hitotsubashi, conceberam uma estratégia flexível para ajudar a otimizar a fabricação de certos produtos. Juntos, eles escreveram um artigo que lançou as bases para o futuro do Scrum.

O principal atributo dessa abordagem é melhorar a forma de trabalhar das equipes: o trabalho de todos será focado no mesmo objetivo e não haverá mais processos paralelos. Este processo requer cooperação para funcionar, e quando uma ação é tomada, o processo de desenvolvimento deve ser reiniciado, daí o nome Scrum, que faz referência ao jogo de rugby, onde Scrum significa o reinício de uma jogada.

CONHEÇA OS PILARES DO SCRUM

Três pilares mantêm o bom funcionamento da metodologia Scrum: transparência, inspeção e adaptação.

TRANSPARÊNCIA NO SCRUM

Para iniciar um projeto comece detalhando seu planejamento, procure estabelecer as metas e objetivos. Divulgue todas essas informações para a sua equipe, assim ficará mais fácil cada um seguir com seu trabalho e todos ficarão alinhados com o andamento do projeto.

INSPEÇÃO NO SCRUM

Nesse processo será necessário realizar o monitoramento frequente das atividades que estão em andamento, se preocupando em cumprir os objetivos estabelecidos no início e controlando os prazos para que tudo aconteça dentro do esperado.

 ADAPTAÇÃO NO SCRUM

Durante todo o processo podem ocorrer implementações, chamadas interações incrementais, que ajudam a melhorar e otimizar o produto. Com o Scrum o cliente começa a ter mais contato com o desenvolvimento, então poderá explicar melhor suas ideias e necessidades e aprovar as novas implementações que vão ocorrer.

A possibilidade de melhorar o processo de criação demonstra a flexibilidade do Scrum. Se algo importante muda durante o processo, como, por exemplo, o objetivo, toda a equipe será capaz de se adaptar à mudança sem atrasar a continuidade do desenvolvimento.

SAIBA QUANDO DEVE USAR O SCRUM

Apesar da adaptação fácil e rápida da metodologia Scrum para tipos diferentes de negócio, ela exige que um profissional qualificado da área determine como implantar esse método no seu negócio, isso pode definir o sucesso ou o fracasso da iniciativa.

Caso seja seu primeiro contato com essa metodologia, vale começar devagar, talvez em um único projeto de baixo risco, para assim conseguir comparar seu desempenho com o método tradicional.

CONCEITOS DO SCRUM

Abaixo listamos alguns dos principais conceitos no desenvolvimento usando o Scrum:

• Sprint backlog —  tarefas que ocorrem durante o sprint;
• Product backlog -—  apontamento das funções que serão desenvolvidas no projeto;
• Product Owner (PO) —  Pessoa responsável pelo produto e avaliação de riscos e benefícios do projeto, além de possuir boa comunicação com o cliente e com a equipe;
• Release backlog —  o que será trabalhado no product backlog;
• Scrum Master —  Líder responsável por ligar o responsável pelo projeto (PO) e o restante da equipe, além de garantir o cumprimento dos objetivos do projeto;
• Equipe —  profissionais de desenvolvimento habilitados para a função.

CONHEÇA OS EVENTOS DO SCRUM

1. SPRINT

Os sprints são os ciclos de desenvolvimento e todas as tarefas são feitas dentro dele. Sua duração varia em cada projeto, porém carrega como principal característica a curta duração, por isso é denominado “ágil”.

Vale ressaltar também a capacidade de definir datas de início e fim em cada sprint, podendo ainda ter reuniões diárias, chamadas daily scrum, para acompanhamento da evolução e ainda o que chamamos de sprint review meeting onde todos da equipe apresentam as funcionalidades implementadas.

Ao final de cada ciclo ocorre o sprint retrospective para detalhamento do próximo sprint.

É importante apontar também que o segundo sprint só ocorre quando aparecerem alterações necessárias, tudo o que não puder ser finalizado deve ser remanejado para o próximo sprint.

2. REUNIÃO DIÁRIA

O Scrum diário é fundamental para analisar todo o andamento das atividades e fazer os ajustes necessários. Nesse momento é possível identificar questões e debater as soluções possíveis, mas ainda assim é preciso que elas tenham pouca duração para otimizar o tempo de produção, manter o foco tratando das principais atividades feitas e a serem realizadas pode ser uma boa saída.

3. REVISÃO DO SPRINT

A revisão ao final de cada sprint é feita em reunião com toda a equipe para discussão do que foi realizado, o que não foi possível realizar e as dificuldades percebidas por cada um. A presença do responsável pelo projeto (PO) é fundamental para que todo o assunto levantado seja levado como experiência em futuros projetos.

4. RETROSPECTIVA DO SPRINT

Essa etapa tem finalidade de dar e receber os feedbacks entre todos os envolvidos no desenvolvimento do projeto, isso ajudará para as próximas fases, o debate pode abordar pontos negativos e positivos do sprint para replicar em outros projetos.

Implementar o Scrum muitas vezes é um processo demorado, pois se trata de uma mudança cultural drástica. Entretanto, uma maneira de suavizar os impactos dessa mudança é aplicar o método cascata, atingindo um setor de cada vez, até que toda a equipe esteja envolvida.

Para finalizar, está claro e cada vez mais consolidado que a metodologia Scrum é um grande avanço para o processo de desenvolvimento de software, desde a diminuição dos custos até o aprimoramento do tempo.

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